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O Desconforto Inicial na Terapia: Entendendo e Superando os Desafios



Iniciar a terapia e sentir-se pior no começo pode ser desconcertante e até desanimador. Você começa a questionar o processo, sentindo-se confuso e abalado. No entanto, essas sensações são normais e muitas vezes indicam que você está no caminho certo. Vamos explorar duas situações típicas que muitas pessoas enfrentam ao começar seu caminho de autoconhecimento e cura na terapia:



1. Sentimentos de Mal-Estar e Tristeza


Ao iniciar a terapia, é comum experienciar um período de mal-estar que pode ser mais intenso do que antes. Isso ocorre porque a terapia exige que mergulhemos em áreas de nossa vida e de nossa mente que muitas vezes preferimos evitar. Confrontar medos, vulnerabilidades e traumas pode ser um processo doloroso, que traz à tona sentimentos de tristeza, incompreensão e solidão. Este desconforto é um sinal de que você está começando a explorar as camadas mais profundas de sua psique, um passo crucial para a cura.


Confrontar nosso “lado sombrio” — os aspectos de nós mesmos que consideramos negativos ou indesejáveis — pode ser surpreendente e levar a uma rejeição inicial desses sentimentos. Contudo, é essencial lembrar que o autoconhecimento é um processo. Com o tempo, à medida que você aprende a aceitar e integrar essas partes de si mesmo, o desconforto tende a diminuir, e você começa a experimentar uma maior sensação de paz e autocompreensão.





2. Conflitos e Reclamações no Ambiente Social


Outra situação comum é receber feedback negativo de pessoas próximas, que dizem que você está mudando e, muitas vezes, sugerem que essa mudança não é para melhor. A terapia frequentemente nos ensina a valorizar nossos próprios desejos e sentimentos, o que pode levar a comportamentos mais assertivos ou até confrontadores, especialmente se antes você se anulava para agradar os outros. Seus novos comportamentos e a valorização de suas necessidades podem ser percebidos como uma mudança negativa por aqueles ao seu redor, que estavam acostumados a uma versão mais passiva de você.


Este processo pode gerar conflitos e reclamações, pois seus amigos e familiares podem sentir que você está se distanciando ou se tornando menos acomodador. Este desconforto é uma parte importante do seu crescimento, e é fundamental entender que a expressão de seus pensamentos e sentimentos é um direito fundamental. Todos merecem ser ouvidos e respeitados, e isso inclui você.




A Importância de Perseverar na Terapia



Persistir na terapia é fundamental para alcançar mudanças significativas e duradouras. Muitas vezes, as pessoas esperam resultados rápidos, mas a realidade é que o processo terapêutico exige tempo e paciência. A seguir, explico por que é tão importante continuar com a terapia, mesmo quando os desafios parecem difíceis.



  • 1. Transformação Profunda Requer Tempo


Mudanças significativas na forma como você se compreende e lida com suas emoções demandam tempo. O autoconhecimento e a cura emocional não acontecem de forma imediata; são processos que precisam de dedicação contínua. Sem essa paciência, corre-se o risco de obter apenas soluções superficiais que não tratam os problemas na raiz.


  • 2. Desenvolvimento de Resiliência


Perseverar na terapia ajuda a desenvolver resiliência e habilidades de enfrentamento. Ao continuar com o processo, você aprende a lidar com dificuldades emocionais e psicológicas de forma mais eficaz, tornando-se mais preparado para enfrentar adversidades futuras.


  • 3. Melhoria das Relações


A terapia muitas vezes foca na maneira como você se relaciona com os outros. Mudanças nesses padrões de comportamento levam tempo e prática. Persistir na terapia permite que você experimente e ajuste novas formas de interação, promovendo relações mais saudáveis.


  • 4. Integração de Insights


A terapia revela insights importantes sobre seus sentimentos e comportamentos. Incorporar essas descobertas na sua vida diária requer reflexão contínua. Perseverar oferece o suporte necessário para integrar esses insights, permitindo uma vida mais consciente e alinhada com seus valores.


  • 5. Redução Sustentada de Sintomas


Embora a terapia possa oferecer algum alívio imediato, a redução sustentada de sintomas como ansiedade ou depressão muitas vezes exige um compromisso contínuo. Persistir ajuda a tratar as causas subjacentes desses problemas, promovendo uma melhora duradoura.


  • 6. Superação de Fases Difíceis


É comum enfrentar momentos de estagnação ou crise na terapia. Persistir através dessas fases difíceis pode levar a grandes avanços e descobertas pessoais. Às vezes, as mudanças mais significativas ocorrem justamente quando a perseverança é mais desafiadora.



Confie no Processo




Persistir na terapia é um investimento em seu bem-estar a longo prazo. Compreender que sentir-se pior inicialmente pode ser um sinal de progresso é essencial para não se desanimar no início da terapia. Esse desconforto inicial é uma parte natural e necessária do caminho para uma maior saúde mental, bem-estar e autenticidade pessoal. Cada sessão fortalece seu caminho para uma vida mais equilibrada e significativa. Confie no processo, e permita-se evoluir.




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Imagens: Freepik

Edição: Luciana Sianto

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